No último domingo (18), aconteceu o jogo de volta válido pelas quartas de final da Copa Jacuípe de futebol feminino, onde a equipe de Quixabeira venceu Riachão pelo placar de 4×0.
A goleira Regininha da seleção de Riachão do Jacuípe, de 27 anos, sofreu com gritos racistas e homofóbicos vindos de uma minoria da torcida da seleção da casa.
Em entrevista ao site Interior da Bahia, Regininha falou sobre o ocorrido:
"A partida estava rolando já no segundo tempo, quando ouvi por parte da torcida adversária gritos de cunho preconceituoso, homofóbico e racista, eu me mantive na partida mesmo assim, só que a minha parceira de time também escutou por ela está mais próxima, quando o jogo terminou ela foi até uma das atletas do time adversário e o técnico do mesmo para falar do ocorrido e eu até então me manteve calada”.
O sentimento no momento:
“No momento eu não tive reação de pensar em nada, era como se a cabeça tivesse dado um branco, ao final da partida e no dia seguinte foi que realmente eu vi a proporção do que aconteceu, a ficha realmente caiu e eu percebi o quanto aquilo tudo doeu dentro de mim”.
"Ainda no local do jogo as jogadoras da seleção adversária vinheram e me deram total apoio, pediram desculpas e afirmaram não compactuar com aquilo, pra finalizar só desejo que tudo que aconteceu comigo não venha a acontecer com nenhuma mulher, em nenhum lugar, e que isso sirva de alerta” concluiu a goleira de Riachão.
"Agradeço o apoio da seleção feminina de Riachão que estão ao meu lado desde o começo e às pessoas que pelas redes sociais me deram apoio, quero também deixar o meu abraço e o carinho e dizer que a seleção de Quixabeira me deram total apoio também.”
A comissão organizadora da Copa Jacuípe publicou uma nota de repudio ao ocorrido:
Fonte Interior da Bahia
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